segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A famosa BALIVA



A BALIVA é receita de família que vem, por décadas , fazendo a felicidade de crianças, adultos e idosos, com o seu sabor inigualável e inesquecível. A minha sogra (in memorian) tinha mãos divinas para tudo que diz respeito à cozinha. E BALIVA ( bala + Aliva) foi assim batizada em sua homenagem - a receita eu herdei dela. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Um "domingo" inesquecível


O domingo é apresentado mais como sentido figurado de um dia de lazer com amigos. Nada melhor que, no clima privilegiado de praia ou sítio, ao ar livre, estejam os amigos e família reunidos para um dia agradável, desses que não se esquece jamais, onde a descontração e a informalidade devem imperar. O cardápio poderia ser sem sofisticação alguma e de uma atraente praticidade, até porque todos querem participar sem que seja preciso prejudicar a degustação. A sugestão que apresento é: como drinque - a caipirinha de kiwi (*), prato principal - picadinho chocante de filé mignon (*), aperitivos - caldinho de feijão (*). Naturalmente, a cerveja também pode ser oferecida, bem geladinha, para que o encontro seja realmente marcante. Como não pretendo criar expectativas que acabem tornando-se frustrações, as receitas estão abaixo:
1) Caldinho de Feijão - 1 kg de feijão, 200 gr de paio, 200 gr de toucinho, 200 gr de carne seca, sal e alho a gosto e coentro. Deixe o feijão de molho e ao colocar para cozinhar, acrescente a ele o paio, toucinho, carne seca, cotados em pedações pequenos. Depois de um tempo, coloque um tempero completo, já cozido à parte e bem apurado. Quando os grãos do feijão estiverem amolecidos, passe tudo no liquidificador e passe na peneira. Coloque em copos e enfeite com pedacinhos de carne seca e coentro (foto).
2) Picadinho chocante - 1 1/2 kg de filé mignon cortado em cubos, sal e pimenta do reino a gosto, 2 cebolas brancas picadas, tempero já cozido e passado no liquidificador. Tempere o filé mignon com sal e pimenta do reino. Coloque-os numa frigideira bem quente com pouco óleo e a cebola picada. Quando estiver começando a assar, coloque o molho (tempero passado no liquidificador) e deixe apurar por dez minutos. Sirva acompanhado de arroz e/ou farofa.
3) Caipirinha de kiwi - descasque e corte ao meio um kiwi. Coloque as duas metades em um copo e amasse-as com a ajuda de um pilão. Acrescente uma dose de vodca, uma dose de licor de kiwi, pedras de gelo e misture bem. Desejando, acrescente acúcar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Superbonito



Na hora de gelar sucos, bebidas alcoólicas, refrigerantes e até água, que tal usar pedrinhas de gelo recheadas com folhinhas de hortelã? O efeito é superbonito e a erva dá um toque ainda mais refrescante às bebidas. Se preferir, substitua a hortelã por casquinhas de laranja, limão ... e até por pétalas de rosa. É fácil! providencie uma forma de gelo, folhas de hortelã e água filtrada; lave as folhas e distribua-as, uma a uma, nos espaços da forma; coloque água filtrada ou mineral e leve ao congelador. Pronto. É só aguardar e fazer sucesso!

Cozinhar cabe a "bruxas e magos"


(...)
Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem. E desconfiavam disso os endurecidos moradores daquela aldeola, que tinham medo de comer do banquete que Babette lhes preparara. Achavam que ela era uma bruxa e que o banquete era um ritual de feitiçaria. No que eles estavam certos. Que era feitiçaria, era mesmo. Só que não do tipo que eles imaginavam. Achavam que Babette iria por suas almas a perder. Não iriam para o céu. De fato, a feitiçaria aconteceu: sopa de tartaruga, cailles au sarcophage, vinhos maravilhosos, o prazer amaciando os sentimentos e pensamentos, as durezas e rugas do corpo sendo alisadas pelo paladar, as máscaras caindo, os rostos endurecidos ficando bonitos pelo riso, in vino veritas... Está tudo no filme A Festa de Babette. Terminado o banquete, já na rua, eles se dão as mãos numa grande roda e cantam como crianças... Perceberam, de repente, que o céu não se encontra depois que se morre. Ele acontece em raros momentos de magia e encantamento, quando a máscara-armadura que cobre o nosso rosto cai e nos tornamos crianças de novo. Bom seria se a magia da Festa de Babette pudesse ser repetida...

                                                                                                                                           Rubem Alves

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Por que o DEGUSTE ESPECIALIDADES?

Infindáveis são as opções de atividades que funcionam como válvula de escape para as tensões do dia a dia. E esses caminhos são buscados interiormente, nos talentos amortecidos em cada um de nós. A cozinha, para um grupo considerável de pessoas, costuma propiciar momentos de terapia, a ponto de transformar o protótipo de “chef” em um Pablo Neruda, responsável pela Ode à cebola  e outros tantos poemas com a mesma essência. Confesso agora que gastronomia  é uma área de ação que me atrai e me apaixona, desde que haja sempre alguém para lavar as panelas – esse é o meu ponto fraco. Lembro-me que, ainda menina, insistia muito na costura, cozinha e ensinar. Posso dizer que satisfiz as minhas três maiores vontades bem cedo. Quando aprendi a costurar, eu era a mascote no curso de D. Caçula, nos meus treze anos de idade. Ser professora sempre foi uma meta, alcançada aos dezoito anos quando tive sob a minha responsabilidade uma sala de aula da Educação Infantil ao tempo em que cursava Pedagogia. E, finalmente, aprendi a cozinhar da forma mais natural possível, bem sem querer, porque a cozinha me atraía. Comecei a praticar, apesar de na casa de meus pais, há dias que já se vão distantes, termos duas colaboradoras para os serviços domésticos. Eu adorava buscar e proporcionar sabores aos paladares exigentes. Para coroar toda essa história, casei e minha sogra sempre foi exímia cozinheira e doceira fina, com quem também aprendi muito e de quem herdei o caderno de receitas, um mundo possibilidades para atender aos diversos paladares. E eu fui “alimentando” esse prazer  e hoje procurei me especializar em algumas iguarias como a baliva – bala de leite condensado com mel, tal qual o manjar dos deuses; cigarrete - salgado crocante delicioso, cuja receita é inigualável e foi da minha mãe; sonho de valsa – com a produção caseira do biscoito (recheio); sanduíche americano – sanduíche enrolado e gelado e tantos outros; bem como pratos que se portam muito bem em jantares e almoços, como: frango society – filé de frango com molho e creme de leite; creme de camarão, etc. Enfim, por conta disso tudo, foi criada a deguSte especiaLidades que permite a mim e a minha filha, disseminarmos os sabores apreendidos no decorrer da vida.